Tata Zezinho França do Kabilah não é o que se pode chamar de “Pai de Santo”. Apesar de seus quase quarenta anos de iniciação e quase trinta como Egbòn, ou seja, de ter recebidos os direitos de ser sacerdote. Mas não se pode dizer que não seja um sacerdote. Sim, é. Mas não um daqueles que como nós dedicam a sua vida à Casa, Ègbè de Santo ou aos cuidados dos yawòs, filhos de Santo. É antes um intelectual. Um profundo conhecedor da religião em todos os sentidos. Dedicou à sua vida acadêmica e mesmo dentro da religião afrodescendente a desvendar os segredos e caminhos mais antigos deste culto tão vilipendiado pelos séculos de preconceito.O que me surpreende neste homem das ciências é o respeito que trata todas as ideias e caminhos que a religiosidade se propõe.